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19 março, 2012
León Gieco - Argentina
Una dosis Latinoamericana - León Gieco
Raúl Alberto Antonio Gieco, mais conhecido como León Gieco, nasceu em 20 de novembro de 1951 numa chácara ao norte de Santa Fé. Com dinheiro de seu trabalho, aos oito anos comprou sua primeira guitarra começando a se apresentar em seu colégio em um grupo folclórico chamado Los Nocheros.
Paralelamente se integra aos Los Moscos, banda de rock que pouco a pouco conquistava certa notoriedade nas cidades vizinhas a Santa Fé. Faziam covers dos Beatles, Rolling Stones e de Spencer Davis Group. Finalmente em 1665 ganham um concurso para se apresentarem na TV Canal 5 de Rosário, feita que muito lhes surpreendesse.
No verão de 1969, com sua guitarra ao ombro e quase sem dinheiro, viajou pela primeira vez à Buenos Aires. Onde pouco a pouco começa a se relacionar com o mundo rockero da cidade. Com isso se integra a La Banda de los Ocho, onde fazem aberturas de shows de Moris e Pajarito Zaguri, algumas lendas do Rock argento.
Em novembro de 71 faz sua primeira grande apresentação, no Festival B.A. Rock II em 72 se apresenta no “Acusticazo” onde registra sua primeira gravação, “Hombres de Hierro” um de seus temas mais famosos. Em dezembro chega à terceira versão do B.A. Rock e para março de 73 lança seu primeiro disco que foi gravado de forma independente, fazendo grande sucesso a canção “Em El Pais de La Liberdad”. Pouco a pouco ganhando certa difusão e o começando a ser reconhecido como o “Bob Dylan argentino”.
Então León forma a La Banda de los Caballos Cansados, para poder tocar ao vivo as canções de seu primeiro disco.
Com isto, em 74 lança o seu segundo álbum “La Banda de los Caballos Cansados” álbum que segue a linha progressiva folclórica do primeiro álbum. Sua forma de expressão é direta, quase ousada. Ele explica, “foi a música que despertou dentro de mim o interesse por entender o destino dos povos e o porquê das injustiças, Daí em diante tratou de refletir, com o Maximo de honestidade, minhas próprias perguntas, minhas próprias saídas e até minha próprias angustias. Seguirei sendo musico e percorrerei todos lugares que possa para cantar às pessoas como me seja possível”. Assim, foi para a mini turnê do seu segundo disco.
Paralelamente, se armou um super grupo de folk acústico, o PorSuiGieco formado pó, Raul Porchetto, Charly Garcia, Nito Mestre e Maria Rosa Yorio. Lançando o respectivo disco em 1976.
Muitos entraves por parte da censura teve que driblar para em 76 poder lançar seu terceiro LP, “El Fantasma de Canterville” ao ponto de ter que modificar a letra de seis musicas e eliminar outros três. Apesar disto tudo, o material é muito bem recebido fazendo León se aventurar por uma turnê pela América Latina. Em meados de 78 para escapar da censura se erradica por um ano em Los Angeles.
E assim segue, lançando em 78 o “IV LP”.
Após esse disco seguem por vários anos fazendo turnês pela América latina e inclusive se apresentando na Alemanha e lançando vários discos ao vivo e acústicos.
“Semillas Del Corazón” de 89 marca seu retorno aos estúdios de gravação depois de 8 anos de turnês, gravando o mesmo de maneira independente.
“Orozco” de 97 surpreendeu com a balada homônima e outras músicas de qualidade impar como “El Embudo” que conta com a participação de Mercedes Sosa, Ricardo Iorio (Almafuerte), Chizzo (La Renga), dentre outros.
“Bandidos Rurales” lançado em 2001 arrasou com os temas “De Igual a Igual”, “Las Madres Del Amor” e a grandiosa “Bandidos Rurales”. Se trata de um álbum com muitos artistas convidados como Charly Garcia, Chizzo Nápoli (La Renga), Victor Heredia, dentre outros. Por esse trabalho, Gieco obteve o Premio Gardel ao Melhor Artista Masculino de Rock e Melhor Capa de Disco.
Em junho de 2004 foi nomeado Cidadão Ilustre da Cidade de Buenos Aires.
Em 2005 lança, “Por Favor, Perdón y Gracias”, que contava com “El Ángel de la Bicicleta”, tema que conta a história de Claudio “Pocho Hormiga” Leprati, assassinado em dezembro de 2001 por evitar que a polícia baleasse um refeitório infantil em rosário.
Depois de seis anos de espera, lança “El Desembarco”, uma produção tanto ambiciosa quanto impecável, Gieco exibe nesse disco uma síntese de suas obsessões conceituais, uma coerência ideológica que não admite fissuras.
Este então é o León Gieco, grande artista argentino, caracterizado por misturar o folclore com rock argentino e pelas conotações sociais e políticas de suas canções em favor dos direitos humanos e solidariedade pelos excluídos.
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